quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Este é o Luan,meu netinho querido!











Quando entrou em minha vida com seu primeiro aninho, meu mundo se transformou para melhor.
Tive que refazer meus projetos, adiar alguns, mas no fundo senti que agora tinha que redobrar minhas energias para lhe dar um mundo que fosse só de paz e alegrias.
Este mundo era um sonho, pois na realidade, nosso caminhãozinho de produtos não poderia nos proporcionar tanta pretensão.
Tive que carregá-lo comigo, nas minhas jornadas.
No início, de noite, naquele frio medonho, ele só chorava...
Estranhava tanta gente!
Escondia-se nos braços de minha filha Claudia, sua mãe, pois lá era o único lugar que conhecia e se sentia seguro.
Mas a Cláudia, já separada do marido, tinha que lutar para lhe dar sustento e tinha que fazer suas obrigações.
Em um braço segurava o Luan que chorava e com o outro fritava os pastéis que nossos clientes pediam. Tudo isto era muito perigoso, pois o tacho de fritura exigia muito cuidado.
Mas não tinha outro jeito, tínhamos que trabalhar.
No final, na hora de guardar tudo pra ir embora, ficava tudo escuro.
Não tinha nenhuma luz e ao redor era só mato, tão temeroso que qualquer adulto com certeza iria sair correndo dalí.
Mas o nosso Luan não... continuava brincando normalmente!
Isto porque sabíamos que não podíamos demonstrar medo a ele e fingíamos que estava tudo bem.
O bichinho era incrível, queria nos ajudar a carregar as coisas pro caminhão.
Isto nos dava uma força estranha e a vontade de lutar aumentava mais.
Com o tempo, ele se acostumou com a freguesia e hoje com dois anos já conversa com alguns amigos e até gosta de ir trabalhar com a gente.
Tem seu fã clube e nossa clientela de amiguinhos tem aumentado, porque quando ele percebe a chegada de alguma criança ou um amigo, sai correndo para recebê-lo com muito carinho.
Vou aproveitar aqui para agradecer de coração a esses amigos que nos apoiaram, nessas horas difíceis, sempre com suas presenças alegres e constantes.

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